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                         FAMÍLIA BELLATO

Bellato era uma antiga família presente em Mogliano Veneto, província de Treviso, norte da Itália, desde 1500.

Provavelmente o mais antigo Bellato registrado na Paróquia de Santa Maria Assunta é Michiel, nascido em  1572 e falecido aos 28 anos em 1600. Outro que se tem notícia é Pedro Bellato, nascido no primeiro semestre do ano de 1600 e trabalhava como cocheiro para os nobres Spinelli, no Palácio Marocco, Via Marignana. Contemporâneo a Pedro habitava também em Marocco a família de Alvise Bellato.

Depois de muito tempo os Bellatos firmaram presença na região, e no Censo Paroquial - "STATO DELLE ANIME" - de 1835, consta que na casa número 174, dos Marignan, habitaram Ângelo Bellato (1798), sua mulher Maria Castellaro Bellato deta Roncon (1798) e os filhos Pasquale (1822), Luigia (1825), Lorenzo (1832) e Antonio (1833). Dados do livro "Invito alla Stória di Mogliano" vol. 5 pg. 38 a 41v do ilustre Prof. Dr. Giuseppe Venturini.

Ângelo Giuseppe Bellato nasceu no dia 26 de outubro de 1850, às 02 hs., em Mogliano Veneto, província de Treviso ao norte da Itália.

Era filho de Pasquale Bellato e de Domenica Bonazza Bellato, casados em 14 de fevereiro de 1849. Foi batizado no dia 27 de outubro de 1850, na igreja da Paróquia de Santa Maria Assunta por D. Botaccin, e teve como padrinho Giuseppe Renim, conforme registro número 87.

Viveu sua meninice ao lado dos familiares e ainda jovem aprendeu o ofício de pedreiro com seu pai Pasquale a quem ajudava nos serviços da propriedade na qual sua família morava nos arredores de Mogliano Veneto.

Casou-se com Maria Chinellato di Angelo detta Vanin em 1872 ou 1873, não se sabe a data exata.

Deste casamento nasceram seis filhos: Attílio (11.09.1874), Pedro Ernesto (09.05.1876), Armindo (03.03.1878), Antonio (11.09.1880), Amália (08.06.1882) e Sílvio (01.08.1885).Em 1887, aos 37 anos de idade, perdeu sua mulher, Maria Chinellato Bellato, que faleceu com 33 anos de idade, depois de breve enfermidade, deixando Ângelo Giuseppe totalmente desolado e com seis filhos para cuidar.

Em 1891 o filho primogênito Attílio, aos 17 anos,  não sabemos por que razão, talvez para fugir do serviço militar que era muito severo na Itália ou com o desejo de libertar-se do jugo paterno e ser dono de sua própria vida embarcou no porto de Gênova com destino ao porto de Nova York nos Estados Unidos. De lá seguiu para o porto de Vera Cruz no México, e finalmente foi para a cidade do México, capital daquele país, onde por alguns anos trabalhou como empregado em uma padaria e resolveu estabelecer no ramo de restaurantes e assim fez.

Ainda por cinco anos Ângelo continuou a trabalhar para o Barão, nas adjacências de Mogliano, bairro Marocco, onde hoje se encontra o Parque Hotel Villa Marcello Giustinian, Via Marignana, 45/A. O  nobre era por demais exigente e, em determinada ocasião, chamou Ângelo à sede da propriedade e o interpelou de forma rude pelo fato de que seu filho Pedro não fizera reverência  quando ele, o Barão, passara de carruagem através de sua propriedade. Revoltado com a prepotência do Barão, Ângelo, já com 42 anos de idade, decidiu que não ficaria trabalhando para o mesmo.
Ângelo Giuseppe procurava ser um homem independente e seguia as idéias revolucionárias de Sílvio Pélico, literato italiano que por seu profundo sentimento patriótico foi preso em 1820, sob a acusação de pertencer à Carbonária. Julgado, foi sentenciado à morte, mas sua pena foi comutada para 15 anos de prisão em regime forçado, a serem cumpridos na Fortaleza de Špilberk, na Morávia, onde escreveu o livro "As minhas prisões", em 1832. Ângelo Giuseppe aproveitou que o governo brasileiro estava incentivando a imigração de estrangeiros, não só para substituir a mão de obra prejudicada pela abolição da escravidão, como também para se beneficiar da cultura europeia e promover a ocupação de áreas de baixa densidade demográfica existentes no Brasil. A Itália vivia uma conturbada situação econômica e social. A Revolução Industrial iniciada na Inglaterra chegara ao país que também enfrentava, nessa mesma época, processo de unificação política. Como havia acontecido em outros países, os pequenos produtores e trabalhadores italianos foram extremamente prejudicados pela introdução das máquinas no processo produtivo. Isto sem falar no aumento de impostos sobre a terra e o consequente endividamento dos camponeses. Segundo a historiadora Zuleika Alvim, essas condições, aliadas à melhoria nos transportes disponibilizaram no mercado mundial “verdadeira hordas de camponeses sem terra e desocupados”. O que, ainda segundo a historiadora, era essencial para o próprio capitalismo europeu: eliminava um grande contingente populacional que pressionava os centros urbanos e, ao mesmo tempo, beneficiava a “pátria-mãe” com o dinheiro enviado do exterior pelos parentes expatriados. Ângelo conseguiu, via Consulado Brasileiro, as passagens fornecidas pela Sociedade Promotora da Imigração, órgão criado em 1886 pelo governo brasileiro para promover a vinda de estrangeiros arregimentados pelas Companhias de Navegação, sendo a principal delas a Cia. Navegazione Generale Italiana.
A filha Amália, de quase 11 anos de idade, na hora do embarque não sabemos por qual razão acabou ficando na Itália com os avós maternos. Ângelo decidiu partir com os outros filhos: Ernesto (Pedro), Ermínio (Armindo), Antonio e Eugênio Sílvio, todos eles com uma vontade enorme de vencer na vida. Era janeiro do ano de 1893. Foi de carroção para a cidade de Belluno, onde tomou o trem na estação de Feltre, com destino a estação ferroviária da cidade de Gênova. Ficaria para trás os Alpes cobertos de neve, lembrança jamais apagada de sua mente e não olhava para trás para despistar a tristeza da despedida.

"Da antiga estação ferroviária de Gênova ao cais do porto, a distância média era de três quilômetros. Cada um ia carregando sua tralha, la leggiera, auxiliado por parentes ou amigos. O cais repleto, carregadores praguejantes, policiais, curiosos, marinheiros. O embarque é demorado. As passagens são coletivas, em bloco de famílias, de províncias. Conferência de passaportes. Cuidado com a bagagem de porão. Uma trapalhada enervante. Afinal o barco emite um ronco soturno. Bulcões de fumo encobrem o céu. É sinal de embarque. Os viajantes se precipitam para a ponte de acesso. Da amurada do navio os lenços sacodem nervosos as despedidas finais. Addio! Addio! Addio!
Os corações se fecham numa saudade funda. Os marinheiros giram os cabrestantes. As âncoras emergem lentamente, o navio se afasta, a hélice revolve as águas em franjas de espuma branca”.
OS ITALIANOS NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO Autor: Luiz Serafim Derenzi

No dia 10 de janeiro de 1893, no porto de Genova, embarcou no vapor "Rosário" com destino  ao  porto de Santos (Brasil).Foi uma viagem sacrificada, dada a fragilidade e a falta de conforto do Vapor. O filho Ernesto (Pedro) procurou serviço na cozinha e como ajudante de cozinheiro passava bem na alimentação. A comida era servida num espécie de gamela, da qual todos se serviam, bebendo vinho tinto, ainda de vinícola italiana. Ermínio (Armindo) enjoava muito com o balanço do navio, o que obrigava Ângelo a comprar água mineral, o que fazia com a venda de alguns objetos pessoais trazidos da Itália. Ângelo, ás vezes, ia para o convés e ficava horas pensando em como seria sua vida em uma terra totalmente desconhecida. Sua mente era um torvelinho de pensamentos e devaneios que ajudava a vencer a saudade que já se apossava dele, mas aceitaria com resignação o que o destino lhe reservasse. O comandante de Rosário havia cientificado os passageiros de que se não houvesse problemas durante a viagem levariam uns trinta dias para atingir o porto de Santos no estado de São Pauo, porto esse inaugurado em dois de fevereiro de 1892, portanto um ano antes da chegada de Angelo Giuseppe e seus filhos ao Brasil.

Desembarcando em Santos no dia dois de fevereiro de 1893, Ângelo Giuseppe Bellato e seus filhos vieram de trem até São Paulo, após subir toda serra do mar, cadeia de montanhas que iniciando à beira do mar chegava até o planalto paulista a uma altitude de 800 metros. O trem os levou diretamente a HOSPEDARIA DE IMIGRANTES, onde alojaram e foram registrados no Livro de Registros com o número 37/73.

A Hospedaria de Imigrantes inaugurada em 1888, no bairro do Brás cumpriu um papel fundamental no contexto da política imigratória para o estado de São Paulo, nela o imigrante encontrava seu primeiro endereço no Brasil antes de seguir para as fazendas de café do interior ou rumo a outros estados.

O imigrante tinha direito de permanecer até seis dias na Hospedaria. Perderia esse direito se recusasse a colocação oferecida pelos agentes oficiais. Foi o que aconteceu com Ângelo Giuseppe ao constatar que o emprego seria praticamente na base da escravidão ficou indignado com o fato, pois havia deixado a Itália para ser um homem livre e independente. E tinha razão o já sofrido italiano, a ilustre escritora Zuleika M.F. Alvim, em seu livro editado em 1986, sob o título "Brava Gente!", comenta sobre o ambiente hostil que os italianos enfrentavam quando vieram para o Brasil, a ponto de quarenta por cento daqueles que imigraram para o Brasil, entre 1870 e 1920, terem voltado para o seu país ou fugido para a Argentina. Diz que os italianos que foram para as fazendas de São Paulo trabalhavam de sol a sol, eram proibidos de sair de casa e de se reunir. Para eles, uma consulta médica custava tanto quanto um hectare de terra. As mulheres sofriam agressões sexuais sem que a polícia brasileira ou os diplomatas italianos tomassem providências. Não podiam recorrer a religião, como faziam na Itália, pois os padres eram raros e levavam meses para visitar as fazendas.

Um fato correlato ajudou-o a tomar uma decisão. Ocorreu que um calabrês havia, segundo informações, rasgado uma bandeira brasileira e a polícia paulista, a cavalo, de espada em punho agredia a tudo e a todos indistintamente e mandando que os italianos voltassem para a Itália, aos gritos e com palavras de baixo calão.

Ângelo "il nonno" dizia para os filhos que se ficassem naquela cidade de São Paulo, acabariam todos na prisão.

Da Hospedaria, saíram pela estrada de ferro São Paulo Railway até Jundiaí onde fizeram baldeação para a Companhia Paulista de Estradas de Ferro até Campinas onde fizeram nova baldeação para a Estrada de Ferro Mogiana. Seguiram pela Mogiana passando pelas estações de Jaguariúna, Mogi Mirim, Mogi Guaçú, Aguaí e São João da Boa Vista no estado de São Paulo atingindo finalmente a cidade de Poços de Caldas, no Estado de Minas Gerais.
. Lá Ângelo trabalhou por uns tempos como pedreiro na construção de um templo católico. À tarde, onde existe a famosa "Fonte dos Macacos", Ângelo e seus filhos se lavavam na água morna e sulfurosa que descia por uma velha telha colonial. Quando seu filho Sílvio queria ajudá-lo como servente, Ângelo dizia que seu “bambino” não iria trabalhar tão pequeno, e sua função ficava restrita a picar fumo e encher o cachimbo do pai.

De Poços de Caldas, Ângelo Giuseppe e seus filhos transpuseram a serra de São Domingos atingindo a cidade de Campestre por volta de outubro de 1893. Ernesto Pedro , aos 18 anos, casou-se em 27 de janeiro de de 1894 com Mariana Izaura da Silva, de 21 anos, filha de Rita Maria da Piedade, na presença do Juiz de Paz e Casamentos sr. Manoel Ramos Nogueira. 

Foram, poucos meses depois do casamento de Pedro, para a cidade de Santo Antônio do Machado, hoje Machado, onde viveram cerca de dois anos. Lá, na tarde ensolarada de 18 de agosto de 1894, Ângelo casou-se em segundas núpcias com Maria Constância Marques, filha de João Pinto da Costa e Mariana Candida de Lima. Oficiou a cerimônia o Padre José de Souza Ribeiro sendo testemunhas Francisco Theodoro de Moraes e Avelino de Souza Dias. Pedro e Mariana tiveram seu primogênito José que foi batizado naquela paróquia tendo como padrinho seu tio Antônio Bellato.

Em fins da década de 1890 Santo Antonio do Machado era pólo de destino dos imigrantes italianos que vinham para o Estado de Minas Gerais trabalhar nos cafezais. Assim Ângelo Giuseppe ficou conhecendo a família de Alfonso Baldin recém-chegada a cidade e ficaram amigos. Através de boiadeiros que faziam viagens frequentes entre Santo Antônio do Machado e a cidade de Três Corações do Rio Verde onde havia estação de estrada de ferro, ficaram sabendo da existência da vila de Ponte Alta que era terra de gente ordeira e trabalhadora e estava com grandes possibilidades de progresso. Atiçados pelo espírito de aventureiros e com o desejo de terem uma vida melhor. Desejo esse que os movera a saírem da longínqua Itália resolveram mudar para aquela localidade. 

Assim, no início do ano de 1896, Ângelo Giuseppe e os filhos Armindo e Antônio seguiram para a vila de Ponte Alta, hoje Monsenhor Paulo, deixando em Santo Antônio do Machado os filhos Sílvio e Pedro este com sua esposa Mariana e o primogênito recém-nascido José.

Partiram de carroção de Santo Antônio do Machado passando por Pouca Massa, hoje Guaipava ali cruzaram em balsa o rio Sapucaí chegando ao entardecer ao povoado de Cubatão onde pernoitaram. Na manhã seguinte continuaram a viagem atingindo o povoado de São Domingos e ao início da noite chegaram ao destino: o povoado de Ponte Alta da Campanha.Em Ponte Alta Armindo casou-se com Maria Baldim, filha de Alfonso Baldim e Anna Tronchin. O casamento foi realizado em 20 de fevereiro de 1897 pelo Padre Paulo Emílio Moinhos de Vilhena, na igrejinha de taipa da vila de Ponte Alta, tendo como testemunhas os senhores Antônio Salotti e Jorge Nicolau. O outro filho Antônio casou-se com Emiliana Orcinda da Conceição, em primeiro de setembro de 1904, na igreja de São Sebastião na cidade de Cambuquira. A cerimônia foi realizada pelo Padre Paulo Emílio Moinhos de Vilhena sendo testemunhas os senhores João de Souza Matos e João de Brito Pimenta. Antonio trabalhou em Campanha, na padaria do Luiz Pereira Serrano e que, por muitas noites, com o filho do patrão, ia dançar em Cambuquira, dai ter conhecido Emiliana, filha do gerente do Parque das Águas que viria ser sua futura esposa.
Em 1905 foram para a Cidade do México a chamado do irmão mais velho Attílio que possuía um restaurante naquela capital e estava precisando de ajuda. Era um dos melhores, senão o melhor, da cidade do México frequentado por artistas, políticos e turistas. O "Gambrinus" GRAN RESTAURANT Y CANTINA - na esquina de San Francisco y Motolinía, naquela capital asteca.

No México, Antônio e Emiliana foram pais de um belo garoto, Angel, do qual foi enviada uma fotografia, montado num burrico e usando um vasto "sombrero". Mas, Antonio, por ocasião da Revolução Mexicana, escrevia que por muitas vezes, amigos seus caiam varados por balas, mortos em plena rua tempos depois não deu mais notícias o que levou seus parentes acreditarem que ele havia falecido.

Em 2003 com a colocação do site da família Bellato na internet ficamos sabendo, através da bisneta de Antônio, Lilliana Bellato Gil, socióloga da Universidade do México, que seu bisavô deixou grande descendência naquele país.

Por volta de 1897, Pedro e sua família retornaram para a cidade de Campestre, junto seguiu Sílvio que se casou com Altina Fernandes, em oito de setembro de 1906 na igreja daquela cidade.  Possivelmente no ano de 1908 Sílvio e Altina vieram para Ponte Alta.
Por volta de 1915 Pedro, Mariana e filhos: José, Angelo, Aurora, Attílio, Rita e Pedro que estavam em Campestre, vieram para a vila de Ponte Alta, onde nasceu o filho Carlos que faleceu em 5 de novembro de 1916, com 11 meses de idade vitimado por meningite.

O "nonno" continuou trabalhando como pedreiro e residiu até falecer, em sua casa, situada na chamada "rua de Baixo", hoje rua Lourenço Pierrotti, onde seu filho do segundo casamento, Zequinha, morava também. Em certa ocasião pediu a esse filho que construísse uma capela no terreno da casa, em homenagem a Santo Antonio de Pádua (Padova) o que nunca foi concretizado.

Ângelo Giuseppe foi uma pessoa humilde, mas decidida, honesta, muito trabalhadora, de forte personalidade, excelente pai e que tentou substituir, dentro do possível, os carinhos da falecida mulher, junto aos seus filhos. Foi acometido por uma melancolia profunda, causada pelo afastamento de sua terra natal, e, pelo anseio extremado de retornar a ela. Sempre, ao cair da tarde, pegava sua concertina, um instrumento semelhante ao acordeon, e executava canções italianas. 

Ficou doente no ano de 1919. Pediu para ser confessado pelo Padre Paulo Emílio Moinhos de Vilhena - vigário da paróquia de Campanha que prestava assistência espiritual aos moradores do distrito de Ponte Alta - que em sua bondade, foi de Campanha a Ponte Alta a cavalo, enviado por Sílvio e por lá chegou a noite bastante fria e, após tomar um cálice de vinho do Porto, foi para o quarto a fim de confessar Ângelo Giuseppe. Terminada a confissão, disse para os presentes: "Estou feliz, pois hoje atendi em confissão um de meus melhores amigos".

Sentindo que se aproximava o fim, Ângelo pediu que chamassem sua nora Maria Baldim que rezou com ele o Pai Nosso no dialeto veneto:

                      “Padre Nostro Che te si in ciel 
                   Santificã sia el to nome
                   Vegna a noantri el to regno
                   Sia fata la to volontã
                   Cossi in cielo come in tera.
                   El pan nostro di ogni dï
                   dane ncó.
                   Perdoname le nostre ofese
                   Como noantri perdonemo
                   A chi ne gã ofendesto
                   Non assarme cascar in tentassion
                   Ma libérame de ogni mal
                   Cossi sia.”

 

Ângelo Giuseppe Bellato, grande devoto de Santo Antonio de Pádua faleceu no dia do santo, 12 de junho de 1919, uma madrugada fria de inverno. Morreu aos 68 anos de idade, tendo vivido 26 anos no Brasil. Morreu vítima de "encômodo do coração e sem assistência médica".

                                                   "Assento nr. 307

         Aos dose dias do mes de Junho do anno de mil novecentos e dezenove, neste districto de Ponte Alta, termo e Comarca da Cidade da Campanha Estado de Minas Geraes, em meu cartorio compareceu Armindo Bellato comerciante residente neste districto e perante as testemunhas Nello Totti e Luis Pellegrinetti residentes neste districto declarou que no dia anterior, digo, declarou que nesse mesmo dia as quatro horas, no próprio domicilio, falleceu proveniente de encommodo do Coração e sem assitência médica seu pae Angelo Bellato de sessenta e oito annos de idade, filho ligitimo de Paschoal Bellato e Domenica Bellato e esposo de Maria Constancia Bellato. Foi expedida a guia de enterramento para o cemitério da Sede do districto, do que para constar lavrei este termo que commigo assignam o declarante e as testemunhas. Eu, Laurindo Penna da Camara, official do Registro Civil, o escrevi e assigno.
Laurindo Penna da Camara
Armindo Bellato
Nello Totti
Luis Pellegrinetti”

Seu sepultamento, no cemitério velho de Ponte Alta, onde hoje está a Escola Estadual Professor João Mestre, foi acompanhado pela Banda de Música, da qual era maestro o conhecido músico apelidado por "Zé Negrino" e um enorme cortejo.
Foi um enterro triste e bonito, em razão das homenagens a ele tributadas.

Autores: Dr. José Augusto Bellato e Francisco de Paula Belato

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Genealogia de Ângelo Giuseppe Bellato

Ângelo Giuseppe Bellato casado com Maria Chinellato di Angelo detta Vannin
(1850 Itália – 1919 Brasil)                    (1854 Itália – 1887 Itália)
       Filhos: Attílio, Ernesto (Pedro), Ermínio(Armindo), Antônio, Eugênio(Sílvio) e Amália.

         Attílio Domenico Bellato (1874 Itália - + EEUU) c.c.Ida Sarti (*Itália - + EEUU)
                       Geração:
                       Amália Bellato - Eugene John Stern
                       Anna Elena Bellato(1906 - +) casada em 02.09.1944 com Juan Manuel Graham Zapata-Vera (*1909 - +) 
                       Ida Bellato - William Preston Demello

         Ernesto Pedro Bellato(1876 Itália – 1969 Brasil), casado com Mariana Izaura da Silva(1873 – 1958)
                       Geração:
                       Ângelo Bellato Neto(1897 - 1969) – Amabile Baldim(1903 - 1979)
                       José Bellato Sobrinho(1897 - 1973) – 1ª núpcias Cândida Penha - sem geração
                                                                           2ª núpcias Maria de Lourdes Bellato(1909 - 1945)
                       Aurora Bellato(1900 - 1986) – Omar Francisco Antonio Cipolotti(1897 - 1984)
                       Attílio Bellato(1905 - 1998) – 1a. núpcias - Maria Benedita Teixeira(1907 - 1936)
                                                                           2a. núpcias - Maria Nair Caovilla
                       Rita Bellato(1907 - 1969) - em 04.12.1914 com Afonso Bellato(1902 -1968)
                       Pedro Belato Filho(1914 - 1980) – Palmira Tavares(1919 - 1986)
                       Carlos Bellato(1915) - faleceu criança

                       Filhas de "criação":
                      
Laura da Anunciação Silva(1902-1987)sobrinha de Mariana c.c. Luiz    Baldim(1902-1985)            
                       
Luiza - João de tal
                      
Mathilde – Luiz
                      
Candida Beijamin(1900 - 1966) faleceu solteira

          Armindo Bellato(1878-1973), casado em 20.2.1897 com Maria Antonia Baldim(1874 - 1964)
                        Geração:
                        Amabile Bellato (19.2.1898 - 26.2.1900) ,cf. registro da Paróquia de Mons. Paulo sendo padrinho de batismo o sr. Pedro Baldim
                        Maria Angelina Bellato(1899 - 1969) – José Laurindo Borges(1889 - 1933)
                        José Bellato(nasceu em 1900 batizado em 20.3.1901, padrinhos: José Baldim e Rosália Ciscon Baldim, cf. registro da Paróquia de Mons. Paulo - faleceu criança
                        Afonso Bellato(1902 - 1968) casado em 04.12.1924 com Rita Bellato(1907 - 1969)
                        Ângelo Bellato Primo(1904 - 1969)– Amanda de Paiva(1901 - 1979)
                        Amália Bellato(1906-1980) – casada 25.3.1922 c/ José Américo Teixeira Junior(1894-1965)
                        Ana Bellato(1909-2006) – casada 11.10.24 c/ Francisco Tolentino de Carvalho Filho (1901-1992)
                        Amélia Bellato(1914 - 1996) – faleceu solteira
                        Ernestina Bellato(1916 - 2007) – casada em 19.09.1934 com Ernesto Baldim(1906 - 1966)

         Antonio Bellato (1880 It - +México) c.c. Emiliana Orcinda da Conceição (1888Br - 1936México)
                        Geração:
                        Angel Pascual Bellato Ursinda (1905 - 1970)casado com Leonora Encinas(+)
                     
         Antonio Bellato (1880 It - + México)- Eloisa Montaño (1892 - 1981)
                        Geração:
                        Guilhermo Bellato Montaño casado com Célia de Bellato

          Amália Caterina Chinellato Bellato -(08.06.1882 - 02.04.1977) 
                      Não sabemos se deixou geração.

          Sílvio Bellato(1885 - 1973) casado em 08.09.1906 com Altina Fernandes(1891- 1965)
                         Geração:
                         Maria de Lourdes Bellato(1909 - 1945) – José Bellato Sobrinho(1897 - 1973)
                         José Fernandes Bellato(1911 - 1911) – falecido solteiro
                         Sylvia Bellato(1914 - 1997) – casada 25.1.1934 c/ Luiz Ant. da Cunha(1896-1971) 
                         Hilda Bellato(1915 - 2002)- casada em 25.03.1933 com Estevam Lenzi(1910 - 1969)
                         Dalila Bellato(1917 - 1979) – Ary Raul Cunha (1912 - 1961)
                         Homero Bellato(1920 - 1998) – Therezinha Esther Malisano
                         Maria Apparecida Bellato(1921 - 1999) – José Maria de Rezende Camargo (+)
                         Zilda Fernandes Bellato (1922 - 2008) - falecida solteira
                         Rodolpho Bellato(1923 - 1986) – Geralda Mira
                         Luiz Fernandes Bellato (1925 - 2009) - casado em 08.04.1961 com Alvrina Theresa Belato
                         Geraldo Fernandes Bellato(1927 - 1995) - falecido solteiro
                         Sebastião Fernandes Bellato(1928 - 2003)– Edwirges Lemes
                         Maria Thereza Fernandes Bellato (1931 – 2014) faleceu solteira
                         José Augusto Bellato - Nilda Marília Moura(1937 - 1979) - 1ª núpcias
                                                              Gilmara Chaves - 2ª núpcias  

Ângelo Giuseppe Bellato(1850 - 1919)  -  Maria Constância Marques(Nona)(1864 - 1942)
            Segundo casamento em 18.08.1894 em Machado(MG).
            Filho único:
            José Atílio Bellato(Zequinha)(1895 - 1953)casado em 17.10.1925 com Maria do Carmo Manso(1905 - já +) filha de José Joaquim Pereira e Ana Isabel Manso
                         Geração
                         José Geraldo Belato(1932 - 2010) - Maria de Lourdes Pierroti
                         Paulo Evaristo Belato - Maria Tereza de Jesus Belato